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O cinema, como a maior parte das áreas do conhecimento, ainda é predominantemente branco e masculino. O que piora se considerarmos as grandes produções e blockbusters. No entanto, a situação também se aplica – e se agrava – quando falamos sobre o cinema indígena.
Ficou curioso para conhecer um pouquinho mais do cinema feito pelos povos indígenas? Sorte que preparamos essa seleção para comemorar o Dia do Índio.
Se liga na lista abaixo e aproveite a data para refletir e compreender um pouquinho sobre a diversidade das etnias que habitam a América Latina.
Dia do Índio: 3 filmes para conhecer o cinema indígena
1 – O Abraço da Serpente, 2016
O cinema indígena é muito bem representado pelo filme dirigido pelo colombiano Ciro Guerra. Um dos diferenciais do filme é que ele é todo construído em preto e branco (o que nos transporta para uma Floresta Amazônica completamente sem cores). Podemos dizer que a obra já é um dos expoentes da temática indígena.
A história conta como o xamã Karamakate guiou dois exploradores europeus pelas águas no mesmo rio, em busca de uma planta medicinal rara. Além disso, a narrativa conta com dois arcos temporais e usa Karamakate como elo entre eles.
O longa-metragem ainda conquistou diversos prêmios nos festivais em que participou – os prestigiados Sundance e Cannes. Como se não bastasse, ele ainda foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
2 – Martírio, 2017
O longa em forma de documentário tem a direção de Vincent Carelli. A obra narra a luta histórica dos guarani-kaiowá para retornar às suas terras no cinema indígena.
A produção faz parte de uma trilogia – que começou com Corumbiara (e vai terminar com Adeus, Capitão). Além disso, o longa é narrado em primeira pessoa por Carelli, que nos apresenta suas memórias como militante e ativista junto aos guarani-kaiowá.
Dolorido, porém necessário, testemunhamos a dura verdade sobre o genocídio indígena patrocinado pelo agronegócio e o panorama do conflito de terras e demarcações no Brasil.
3 – Não gosta de fazer, mas gosta de comer, 2016
Mais um documentário para que, nesse Dia do Índio, você conheça um pouquinho mais sobre o cinema indígena.
O longa foi realizado pela tukana Maria Cidilene Basílio e pela baré Alcilane Brazão. Ele é resultado da experimentação de Alcilane, que, aos 27 anos, pegou em uma câmera pela primeira vez e registrou, por uma semana, o trabalho na roça de Irene, 58, moradora da comunidade de Santo Antônio, no extremo norte do Amazonas.
Detalhe: Irene só falava em Nheengatu, dialeto derivado do Tupi. Mais ainda: as imagens idealizadas pela baré nos apresentam a tradição do método original de plantação dos povos do Alto Rio Negro.
E sobre a história do nome? Bem, é resultado de uma pequena discussão de Irene com sua neta, que não gostava de ir para o roçado. Negando-se a ajudar na plantação, a avó responde: “Não gosta de fazer, mas gosta de comer”.
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